Trabalho
Tomando por base o texto de 1956, retirei−lhe o aparato crítico, multiplicando ao mesmo tempo as notas, destinadas a mais fácil entendimento do famoso discurso que Rui, por motivo de saúde, não pôde proferir em pessoa, em 1921, perante a turma de 1920 da
Faculdade de Direito de São Paulo.
Novo cotejo com os manuscritos permitiu se emendassem não apenas pequenos lapsos que haviam escapado nas colações anterio− res, senão ainda miúdas e raras gralhas tipográficas que se insinua− ram – não obstante o carinho com que se fez a revisão – naquela edição. Esperamos, todos quantos laboramos no preparo desta edição, reproduza ela, definitivamente, com a maior fidelidade, o texto de− sejado pelo alto Patrono desta Casa.
Não se acolheram nas notas de rodapé aqueles numerosos ter− mos cuja significação se elucida mediante a simples consulta a um pequeno dicionário da língua (como sejam, por exemplo, inviso, excídio, pedilúvio, entre tantos mais): a preocupação constante foi, tão−somente, contribuir para a compreensão cabal das palavras de
Rui à juventude brasileira – palavras de alento e de fé tão atuais e necessárias hoje em dia –, aclarando o sentido de expressões e cons−
8
truções menos usuais. A Homero Senna agradeço as sugestões sem− pre lúcidas.
A Oração aos Moços prosseguirá na luminosa trajetória que o destino lhe traçou, agora numa edição singela, acessível ao grande público e, sobretudo, num texto de todo fidedigno.
Rio de Janeiro, agosto de 1979.
Adriano da Gama