O lixo vira obra de arte através da reciclagem
Arley Santos dos Santos1
Eduardo Santos Matsumura2
Lucilei Martins de Oliveira3
Resumo: O presente artigo tem como objetivo promover a reflexão sobre a interação do homem e o meio ambiente. A partir das informações a cerca dos países periféricos e a produção de lixo que tem crescido assustadoramente se faz necessário buscar alternativas com vistas a amenizar a degradação ambiental e as consequências resultantes desse comportamento humano. Esses elementos auxiliam na construção de uma consciência crítica dos alunos sobre o consumo excessivo e a mudança de comportamento para o descarte correto do lixo, que além de preservar o meio ambiente promove também a saúde humana. Nesse processo a coleta seletiva do lixo nas escolas produz a matéria prima para elaboração de objetos artísticos como: estátua, abajur, cadeiras, pufs, mesa, enfeite de natal etc. As obras de arte produzidas são socializadas com as outras escolas que fazem parte do projeto, como forma de instigar a criatividade do aluno e valorizar o trabalho realizado.
Palavras-chaves: Educação Ambiental. Consumismo. Lixo. Reciclagem. Arte.
1 INTRODUÇÃO
A cultura organizacional da modernidade, cuja mola mestra é uma acepção do tempo que imprime ritmo cada vez mais veloz a produção, obrigatoriamente tem na reposição constante dos bens uma meta estratégica da sua reprodução material que é o lucro. Por conseguinte, o consumo exagerado para a satisfação de necessidades materiais, não se justificam em si mesmas, mas, prioritariamente constituem pressuposto para a produção, onde o dinamismo do mercado implica em promover descarte contínuo dos bens, ejetados do carrossel do consumismo.
O filósofo Moles (1972, apud VIEIRA 2004, p. 20-21) faz uma argumentação perspicaz ao afirmar que: “(...) vivemos numa civilização consumidora que produz para consumir e cria para produzir, um ciclo onde a noção fundamental é a de aceleração”.