Trabalho
Por Carolina Rosa Benvenuto
Gostar do que faz, se envolver com dedicação nas suas tarefas diárias sem medir esforços para alcançar as metas e administrar a pressão para cumprir prazos e atingir resultados faz parte do perfil e da rotina de diversos profissionais.
Porém, quando estes profissionais se deparam com um ambiente organizacional ruim caracterizado por gestores mal preparados, condições de trabalho insatisfatórias, insegurança e exposição a situações de extremo desgaste, a saúde fica comprometida e as doenças ocupacionais frequentemente aparecem.
Abordar assuntos como metas, prazos e lucratividade é rotineiro nas organizações, mas abordar o estresse e o impacto deste na produtividade profissional e no equilíbrio na vida pessoal ainda é um assunto delicado nas empresas.
Por trás da imagem daquele profissional forte, exigente, confiante e bem sucedido, pode estar um ser humano estressado, abusando dos próprios limites na busca pela ascensão profissional.
Distinguir o estresse catalisador de energia e o estresse que gera esgotamento é um desafio. A forma como este estresse é tratado faz toda a diferença em uma carreira onde o equilíbrio entre o profissional, pessoal e espiritual é a peça chave para a qualidade de vida, mesmo sobre pressão.
Quando o estresse chega ao seu auge, levando o profissional ao completo esgotamento físico e mental, deixa de ser denominado estresse e passa a ser Síndrome de Burnout.
O Burnout afeta principalmente os profissionais com perfil perfeccionista, excessivamente críticos, competitivos, controladores, exigentes e com dificuldades para delegar, paralelo a um ambiente de trabalho insatisfatório, inseguro e sem perspectivas. Chega um momento em que o profissional simplesmente "para de funcionar" por ter esgotado toda sua energia.
Diante deste esgotamento, o corpo e a mente emitem "sinais", sintomas físicos e psicológicos, de que algo não vai bem. São eles: cansaço