Trabalho
Burke (2002) trás a luz a informação que grupos sociais diversos apresentavam críticas particulares ao invento. Era o caso, entre outros, dos copistas e papeleiros vendedores de livros manuscritos e os profissionais cantores contadores de histórias, que temiam, tanto quanto os operadores de teares manuais na época da Revolução Industrial, ficar sem o seu meio de vida. Os eclesiásticos temiam o ocorrido estimulo aos leigos comuns para estudar autonomamente os textos religiosos ao invés de acatar as orientações daquelas autoridades, assim como a viabilização de leituras restringidas pela Igreja. Os governos autoritários se preocupavam com as críticas de gente comum sobre suas medidas, em virtude do surgimento de jornais impressos, pois as responder estimularia a liberdade de julgamento político, ou exporia a falta de argumentos se não o fizesse. Os estudiosos se queixaram da multiplicação de erros pelos tipógrafos, decorrente da velocidade inimaginável com que aconteceu a explosão da informação, da preservação desta e da seleção e crítica dos livros e autores, detectando assim, a necessidade de novos métodos de gerenciamento da informação para, além disso, tentar controlar a “desordem de livros” instaurada com a superfluidez das literaturas que chegou a ser temida como postulante de uma nova época de barbáries.
Burke (2002) menciona que essa multiplicação de livros criou problemas para estes, tornando-os indispensáveis. Simultaneamente apresentou-se a necessidade de construir prédios