trabalho
Revista Eletrônica da Faculdade Batista do Rio de Janeiro
A experiência mística como lançamento na vida.
A vida de Égide van Broeckhoven e Dietrich Bonhoeffer.
Delambre Oliveira
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Resumo:
O presente artigo trabalha o diálogo entre experiência religiosa, experiência do sagrado e experiência mística sob o aspecto teórico e antropológico. Levanta o questionamento sobre a mística sagrada no contexto brasileiro, com a noção de que em nossa terra, o movimento místico nunca pôde ser classificado como um abandono para que houvesse um retorno ao sagrado. Tomando como exemplo a vida de Égide van Broeckhoven e Dietrich
Bonhoeffer, propõe, finalmente, a experiência mística como um lançamento para a vida feito de maneira radical, mediante a compreensão do amor trinitário, encarnado na história de forma ética e também em ação de alteridade, um serviço ao outro.
Palavras chaves: mística, sagrado, ética, religiosidade brasileira, alteridade.
PARA COMEÇAR UMA PROSA... à guisa de Introdução.
Os quatro místicos estudados neste semestre (Égide van Broeckhoven, São João da Cruz, Tereza
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d'Ávila e Simone Weil) retiram o mito de que experiência mística está reduzida aos monges. Pelo contrário, a vida destes homens e mulheres simples revela o total engajamento nas questões relacionadas à existência humana universal e situada.
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Teólogo, pedagogo, Licenciado em Pedagogia pela FABAT, Bacharel em teologia pelo STBSB, Mestre em Teologia pelo
STBSB, doutorando em teologia pela PUC-RJ, realizou complementação de seus estudos doutorais na Universidade de Tübingen,
Alemanha. Membro da Associação Internacional de Literatura e Teologia, atua na articulação do diálogo entre Teologia, educação, literatura e religiões monoteístas. É professor da FABAT (cursos de Teologia e Pedagogia) lecionando disciplinas nas da área de
Teologia Sistemática e Religiões Mundiais.
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Um pouco dessa mística que se afasta totalmente do mundo estava presente nos