trabalho
Assistimos ao longo dessas semanas os protestos contra o aumento das tarifas de ônibus na capital paulista, protestos estes que logo se alastraram para outras cidades do estado, do Brasil e atingiu escala internacional de apoio.
Cabe-nos, portando, um exercício de critica sobre toda a situação.
É direito constitucionalmente garantido o de manifestar-se legitimamente contra qualquer configuração factual que represente um perigo para nós mesmos. Esse é um dos direitos mais importantes que temos em mãos se quisermos realmente participar ativamente da vida politica de nosso país. Tal direito é fundamental para a existência de um Estado Democrático de Direito, tão duramente conquistado pelo Brasil e que ainda hoje sofre dia a dia com tentativas monopolistas de poder.
Obviamente, vemos no teor do protesto que nos ocupa um caráter meramente reativo aos arbítrios dos governantes. Mais uma vez a historia se repete. O brasileiro, cansado de ser tratado como um NADA, se revolta para acabar com o desconforto. E o que propõe? NADA. A maioria das revoltas brasileiras não propuseram nada claramente como seu objetivo e causa, apenas reagiram às situações adversas. Isso deixa evidente a falta de consciência plena de direitos e da importância dos mesmos para os cidadãos. Contudo, já é um começo.
Vimos e ainda vemos durante os protestos os constantes enfrentamentos com a força policial. O policiamento está lá para zelar pelos próprios manifestantes e pelo patrimônio publico, ou seja, para impedir que os baderneiros disfarçados de ideólogos ponham em risco a segurança dos outros. Porem os policiais que não possuem o devido preparo cometem abusos e decidem tratar indiscriminadamente os verdadeiros manifestantes dos vândalos. E este trato descuidado também é dado pela mídia.
Ambos os lados cometeram excessos. Protesto não deve ser sinônimo de violência generalizada. Questão social não é questão de policia. Enquanto os protestos e manifestações