trabalho
Introdução: Não se equacionará efetivamente os problemas de inadaptação psicossociológica do homem moderno ao trabalho, com todas as suas seqüelas, que vão dos desajustamentos, depressões e até suicídios, com a realização de esforços corporativos empreendidos na formação da gestão do stress, da gestão de relações humanas e interpessoais, e, menos ainda, com a realização post-mortem das autopsias psíquicas dos empregados suicidas.
Na melhor das hipóteses, esses esforços não têm qualquer efeito sobre as reais causas dos problemas detectados. E, na pior, apenas culpam os empregados que se utilizam desses esforços, mas não têm força de retirá-los do círculo de ferro da deterioração psicológica que as organizações os colocam.
É também inapropriado confiar nas gerências e nos supervisores, vale dizer aos próprios colegas de trabalho, igualmente submetidos às mesmas circunstâncias, a identificação prévia de quais sejam os empregados fragilizados, cuja vulnerabilidade psicológica já se encontre em tal estágio que não mais lhes permita suportar higidamente as condições de trabalho existentes.
As organizações jogam sobre as costas de suas gerências e supervisores uma demanda contraditória insuportável: de um lado, a busca de realização de objetivos de trabalho cada vez mais inalcançáveis que devem ser impostos crescentemente às equipes, e, de outro, a identificação dos estragos psíquicos que contribuíram para disseminar entre os seus colaboradores ao exigirem níveis de desempenho cada vez mais altos no exercício de suas funções laborais.
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