No livro, A linguagem Literária, o autor, Domício Proença engloba todos os elementos linguísticos que de alguma forma estariam interligados ao assunto principal do texto, como por exemplo, a cultura, língua e literatura, indo afundo em seus aspectos através de exemplos e conceitos. Inicialmente, o autor analisa as particularidades em relação a texto literário e texto não-literário, utiliza exemplos de relações entre a língua e literatura e distinções entre texto escrito e cotidiano, através disso, é suposto pelo autor, que a principal diferença entre o texto literário e o não-literário seria o fato de que o primeiro não precisa de interpretações pra não ser entendido, enquanto o segundo, necessita de artifícios linguísticos para ser compreendido. Além disto, foi exposto no texto vários conceitos da palavra “literatura”, no qual serviu de embasamento para a tese de que o conceito exato de literatura varia de acordo com o indivíduo receptor e suas experiências. Em seguida, o autor utiliza um poema de Manuel Bandeira para dar início ao conceito de conotação, meio principal para a diversificação de significados de um texto literário. A ideia central é mostrar como o poema, “Irene do céu”, ganha o sentido conotativo pela forma em que foi escrita, os versos que fazem de emoção subjetiva, trazem elementos narrativos e traços típicos da linguagem literária. Seguindo adiante, o autor abrange alguns conceitos referentes à linguagem, no qual uma afirma que linguagem é uma das formas da apreensão do real. O ser humano vive constantemente em interação com a realidade e a apreende de várias maneiras. No texto é mostrado que segundo o linguista Iouri Lotman, as informações e os sinais que o cotidiano exige para um melhor desempenho da comunicação é necessário transformá-los em signos. Em outra conceituação de linguagem, o autor afirma que linguagem seria a necessidade que o homem de expressar seus estados mentais, a partir de um conjunto de sons vocais, denominado língua, e