Trabalho
Sair de uma cidade rural, ir para a cidade grande, entrar num navio onde sonha ser marinheiro chefe e é apenas o cozinheiro, servindo de chacota a todos os outros, não é fácil para ninguém. Imagine ainda sendo negro, nos Estados Unidos, na década de 30?
Pois é, mas lá foi ele, recebeu a primeira promoção, mas ainda não era o que queria. A sorte foi-lhe madrasta. Ele tentou por anos entrar para a escola de mergulhadores,e um dia foi chamado. No portão da escola de treinamento de mergulhadores, com a carta de recomendação nas mãos, foi humilhado mais uma vez, ficando em pé num sol escaldante, o dia todo. Todos os brancos que chegavam entravam direto, mas ele não.
Até que por fim, um treinador o deixou entrar. No dormitório, o treinador para humilhá-lo mais ainda, pediu a todos que cumprimentassem o novo membro, ao que todos disseram que não dormiriam com negros, pegaram suas coisas e saíram. Ficou apenas um, um gaguinho branco que também era muito humilhado na turma, e fez amizade com ele.
O comandante, um velho ranzinza e mandão, avisou ao chefe que não queria negros na sua turma e que o chefe deveria fazer de tudo para que ele desistisse.
Mas qual o que,ele continuava firme, e tinha na mente as palavras de seu pai, que falou quando ele estava partindo: Nunca deixe de tentar.
Ele nunca deixou.
Tornou-se mergulhador, perdeu uma perna para salvar a vida de companheiros,mas ainda não era mergulhador chefe.
Colocou uma prótese na perna amputada,comparece perante a junta de Washington, para decidirem se ainda podia mergulhar com a prótese. Fizeram-no colocar um escafandro muito, mas muito pesado e dar 12 passos com ele. Se conseguisse, estaria reintegrado à marinha dos Estados Unidos.
Sangrando,com muitas dores e com a ajuda do ex-chefe que o havia treinado e agora era seu melhor amigo,ele deu os 12 passos.
É comovente ver a determinação de uma pessoa