trabalho
Parte IV - Ritmo escápulo-umeral
Cynthia Norkin e Pamela Levangie www.terapiamanual.com.br Introdução
O complexo do ombro age de uma forma coordenada para prover um movimento amplo e suave do membro superior. Movimento na GU apenas não poderia dar ao úmero toda amplitude de elevação existente (flexão ou abdução). A amplitude tem sua contribuição das articulações EC e AC. Durante o movimento normal, cada articulação dá a sua contribuição de forma coordenada e concomitante, o que é conhecido por ritmo escápulo-umeral.
RITMO ESCÁPULO-UMERAL
Contribuições escápulo-torácica e glenoumeral
A articulação escápulo-torácica (ET) contribui tanto para a flexão quanto para a abdução do úmero, rodando para cima a fossa glenóide cerca de 60° da posição de repouso. Se o úmero fosse fixo na fossa, só isso já iria implicar em 60° de elevação. O úmero não é fixo, naturalmente, podendo mover-se na fossa. A articulação GU contribui em 120° de flexão e cerca de 90 a 120° de abdução. A combinação de movimento escapular e umeral resulta numa elevação máxima de 180°, com cerca de 2° de elevação na GU para cada 1° na ET.
Como já foi visto, existe discordância quando à amplitude de elevação na GU. Não surpreendentemente, também há discordância quanto à razão da contribuição escapular e umeral. Quando a amplitude citada para a GU é menor, a razão pode ser 3° de elevação GU para 2° de elevação ET.
Há três propósitos para o ritmo escápulo-umeral: (1) a distribuição do movimento entre duas articulações permite ADM maior com menos comprometimento da estabilidade que ocorreria com apenas uma articulação; (2) manter a fossa glenóide numa posição ótima para acomodar a cabeça do úmero permite maior congruência articular e reduz a força de arrasto; (3)permite que os músculos agindo no úmero mantenham uma boa relação comprimento-tensão impedindo ou minimizando a insuficiência ativa.
Durante os primeiros 60° de flexão ou 30° de abdução do