Trabalho
Ele nasceu em Miragaia, freguesia da cidade portuguesa do Porto, em prédio hoje devidamente assinalado. Era filho de mãe portuguesa (de ascendência inglesa, Tomásia Isabel Clarque) e pai nordestino(João Bernardo Gonzaga).[1] Órfão de mãe no primeiro ano de vida, mudou-se com o pai, magistrado brasileiro para Pernambuco em 1751 depois para a Bahia, onde estudou no Colégio dos Jesuítas. Em 1761, voltou a Portugal para cursar Direito na Universidade de Coimbra, tornando-se bacharel em Leis em 1768. Com intenção de lecionar naquela universidade, escreveu a tese Tratado de Direito Natural, no qual enfocava o tema sob o ponto de vista tomista, mas depois trocou as pretensões ao magistério superior pela magistratura. Exerceu o cargo de juiz de fora na cidade de Beja, em Portugal. Quando voltou ao Brasil, em 1782, foi nomeado Ouvidor dos Defuntos e Ausentes da comarca de Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto, então conheceu a adolescente de apenas dezesseis anos Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão, a pastora Marília em uma das possíveis interpretações de seus poemas, que teria sido imortalizada em sua obra lírica (Marília de Dirceu) - apesar de ser muito discutível essa versão, tendo em vista as regras retórico-poéticas que prevaleciam no século XVIII, época em que o poema fora escrito.
Cláudio Manuel da Costa
Somente durante a primeira centúria da época colonial (XVI) o vocábulo “brasileiro” era o nome que se dava aos comerciantes de pau-brasil, sendo por isso, naquela época apenas, o nome de uma profissão. No entanto, desde muito antes da independência do Brasil, em 1822, em virtude do sentimento nativista disseminado o termo “brasileiro” já era utilizado de modo generalizado como adjetivo pátrio dos naturais do Brasil. Do ponto de vista estritamente legal apenas, só é de nacionalidade brasileira (brasileiro) quem ali nasceu depois da independência do Brasil. Mas, em geral, chamar uma pessoa que nasceu no Brasil antes da independência de