trabalho
Autores: Aluízio Arantes1, Sebastião Gusmão1, Roberto Silveira1, Gustavo
Cardoso1, Fernando Flávio Gonçalves2, Júlio Santiago2 (1Neurocirurgião –
Belo Horizonte – MG , 2Ortopedista – Belo Horizonte – MG).
INTRODUÇÃO
A involução da coluna lombar é elemento constante da posição ortostática e da mobilidade dos segmentos intervertebrais, em particular L4-L5 e L5-S1. A hipermobilidade segmentar, fator de desgaste discal e ósteovertebral, ocasiona zonas de estenose por hipertrofia óssea artrósica e, em certos casos, as espondilolisteses degenerativas (EDs).
Assim, o processo de envelhecimento modifica de maneira variável as estruturas ósseas (corpo vertebral, platôs vertebrais, processos articulares posteriores), discais e ligamentares. A associação das diversas lesões degenerativas produzirá algumas variantes morfológicas específicas para cada indivíduo com nível variável de estenose lombar.
A ED é uma forma particular de estenose degenerativa do canal vertebral lombar caracterizada pelo deslizamento de uma vértebra em presença de arco neural íntegro. Ela resulta da degeneração do disco associada à artrose dos elementos articulares posteriores.
Nas EDs, a estenose é agravada pela deformação degenerativa dos processos articulares e obstrução constante dos recessos laterais.
A importância clínica da espondilolistese degenerativa foi demonstrada por Junghans em 1931 (25). O termo pseudoespondilolistese foi sugerido por
esse autor para diferenciar os indivíduos que apresentavam espondilolistese sem um defeito do arco vertebral posterior. Mais tarde, Newman e Stone (41), na análise
da
etiologia
das
espondilolisteses,
contradisseram
esta
nomenclatura, e propuseram a expressão espondilolistese degenerativa, para diferencia-la das espondilolisteses que aparecem em outras doenças.
Não existe consenso quanto à etiopatogenia das EDs (41), mas