trabalho
POLÍTICA E ECONOMIA MUNDIAl
Ensaio
Ricardo, D. Princípios de Economia Política e Tributação. Série Os Economistas. Editora Abril, 1985 Nova Cultura, 1996. cap VII.
No sétimo capítulo de sua obra, David Ricardo aborda o comércio exterior. O autor afirma que sua ampliação não significaria uma paralela elevação no montante valorativo nacional. Entretanto, elevaria a quantidade de mercadorias e o sentimento de satisfação. Para ele, o valor de bens estrangeiros não aumentaria por conta da descoberta de mercados novos, já que o valor desses bens é mensurado segundo a quantidade de trabalho realizada na produção e a quantidade produzida no país dados em troca desses produtos estrangeiros. A demanda de produtos nacionais e estrangeiros será valorativamente limitada pelo rendimento, assim como pelo capital nacional.
São expostas duas vias de acumulação de capital: poupar por conta de uma elevação dos rendimentos ou diminuir o consumo. As poupanças, portanto, seriam fruto do aumento dos rendimentos ou da diminuição de gastos. A taxa de lucro, por exemplo, não seria ampliada pela extensão mercantil.
A taxa lucrativa pode elevar-se apenas e sempre através da diminuição dos salários, que podem reduzir-se de maneira permanente somente por conta de diminuições nos valores dos produtos básicos de primeira necessidade, de acordo com Ricardo. Para ele, o benefício do comércio exterior é o de aumentar o montante e diversificar os produtos nos quais podem ser gastos os rendimentos e incentivar a manutenção da poupança e a acumulação capitalista. O comércio exterior, assim como observado pelo autor no comércio interno, apenas aumenta os lucros capitalistas se os produtos importados forem aqueles de primeira ordem de necessidade nos quais é gasto o ordenado.
Outro pensamento visto no capítulo é o de que em um formato de comércio totalmente livre, cada nação procura desenvolver uma vantagem individual direcionando seu capital e trabalho para