trabalho
Foi a primeira guerra da televisão. Noite após noite, os noticiários de TV mostravam às famílias americanas todo o horror de uma guerra inútil e distante a que o seu próprio governo as submetia.
Os veteranos da Segunda Guerra Mundial foram os primeiros a sair às ruas em protesto contra a política de guerra do presidente Lyndon Johnson.
Novembro, 1969. Duzentas e cinqüenta mil pessoas reúnem-se em Washington para exigir a retirada das tropas americanas do Vietnã. A visita do vice-presidente Hubert Humphrey a Paris, alguns meses antes, provoca violentas manifestações. Intelectuais de esquerda - dentre os quais, o célebre escritor Jean-Paul Sartre - vão às ruas tomados por um antiamericanismo centrado no problema da guerra.
Perturbada com a onda de oposição no país, a CIA lança um programa denominado "Operação Caos", infringindo a lei que proíbe operações clandestinas em território norte-americano. A agência se infiltra nas universidades, especialmente nos centros acadêmicos de pacifistas declarados. Chega até mesmo a grampear o telefone da atriz Jane Fonda, amiga de uma norte-vietnamita.
"Unamo-nos pela paz. Unamo-nos também contra a derrota. Porque é preciso entender, o Vietnã do Norte não pode derrotar ou humilhar os Estados Unidos. Só os americanos podem fazer isso". Essas são as palavras de Richard Nixon.
Mas, em breve os americanos conhecerão a humilhação da derrota. E toda uma geração começa a pôr em xeque alguns valores cultivados por muito tempo pelos americanos. As terríveis ondas