trabalho
SÓCRATES:
Denuncia que a Democracia está sendo usada como Demagogia pelos sofistas. Estes pensadores fazem discursos públicos enaltecendo a relatividade da lei e a necessidade de adequar o direito e a democracia à realidade socioeconômica de Atenas, mas, na verdade, são os porta-vozes das elites endinheiradas (comerciantes, fabricantes, financistas e generais conquistadores). Como estas elites não podem, pelas leis antigas da democracia ateniense participar politicamente (discutir leis e eleger legisladores, magistrados e governantes), os sofistas acabam falando em seu nome, desvirtuando as leis e a democracia existentes. Sócrates os chama de "vendilhões da palavra", ainda que saiba que nem todos os sofistas são "cínicos", os que usam a demagogia como estratégia política. Sócrates é condenado à morte.
PLATÃO:
Discípulo de Sócrates, vai continuar a denúncia contra os sofistas e acusa o povo de Atenas de se deixar levar por discursos das elites, negando-se a resistir ao poder econômico. A prova disso é que deixaram acontecer a condenação de Sócrates. Para tentar salvaguardar os interesses do povo e dos cidadãos, Platão idealiza "A República", uma obra dedicada a construir uma Cidade-estado onde os princípios de igualdade e cidadania fossem plenos dentro da polis. Esta obra é escrita para o rei-tirano de Siracusa, Dionísio, sem, contudo, ter conseguido convencer tal governante a implantar as reformas sugeridas (educação pública, distribuição mais eqüidistante da riqueza e propriedade, o fim da família como núcleo social e total assistência do Estado aos cidadãos). "A República" de Platão deveria ser governada por filósofos e sábios, e é vista como precursora do socialismo. Mas apregoava um Estado forte, unitário e interventor, que deveria combater a demagogia da democracia.
ARISTÓTELES:
Defende a polis como uma organização política que deriva da "sociedade natural". Assim, vai contra Platão e as suas reformas "centralizadoras"