Trabalho
Culturas pré-ceramistas
O Rio Grande do Sul foi cenário das primeiras populações em torno de 10.000 anos a.C.
Essas populações tinham pouco domínio sobre a natureza, interferiam muito pouco nesse sistema, sendo vulneráveis a distribuição desses recursos e sujeitos às mudanças.
Os povoadores mais antigos são datados desde 10.700 a
6.600 a.C. com base em pesquisa realizada no sudoeste do Rio Grande do Sul, onde foi encontrado acampamentos dessa época.
Os mais antigos receberam a denominação arqueológica de Ibicuí, os demais de fase Uruguai.
Tradição Umbu.
A fase Ibicuí vem acompanhada de animais pleistocênicos extintos, seus instrumentos eram lascados por percussão. Esse período corresponde ao final da glaciação.
Já fase Uruguai é a continuidade da fase Ibicuí, mas ainda pertencente ao período seco posterior a glaciação, seus artefatos característicos são pontas de projétil lascadas em pedra, raspadores, facas e percutores. Ao lado de caça de menos porte, eles recolhiam caramujos terrestres que faziam parte de sua alimentação. Viviam em acampamentos temporários e em pequenos bandos.
Encontram-se também as populações da tradição Umbu, mais especificamente em abrigos rochosos e ao longo dos rios.
Eram maiores seus abrigos e o ocupavam por mais tempo, seus instrumentos de pedra, que vão sendo aperfeiçoados, tornando-se mais variados, a matéria-prima desses instrumentos eram blocos rochosos ou ossos, e as carapaças de moluscos eram utilizadas para fazer contas de colar.
Caçavam animais como o veado, porco-do-mato, cutia, coati, paca, bugio, a jaguatirica, tatu, ratão do banhado e outros ratos, a preá, cágados e lagartos.
São encontrados também ossos de peixe, às vezes cascas de ovo de ema, e em alguns abrigos são abundantes conchas de caramujos terrestres ou de água doce. E poucos vestígios de frutas.
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