trabalho
COM O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.
Kleber Antonio da Costa Mourão *
RESUMO: A relação existente entre mercados de trabalho debilitados e baixos níveis de bem estar social força uma reflexão sobre os impactos da alteração na alocação de mão-de-obra no padrão de desenvolvimento econômico. Este artigo procura
chamar atenção para a evolução do trabalho a partir do sistema capitalista, estabelecendo uma relação com as principais escolas do pensamento econômico, bem como com a qualidade de vida da sociedade em cada momento da história.
No final do século XVIII, mais precisamente em 1776, Adam Smith publica “A
Riqueza das Nações“ e conquista para a economia o status de ciência, pois dá um tratamento mais organizado, consistente, independente e elaborado ao pensamento econômico. Nesse período o mundo também passa por transformações com a denominada
Revolução Industrial, quando acontece uma gradativa substituição da utilização da força manual pela força das máquinas, configurando a transição do feudalismo para uma nova forma de organizar e pensar a produção: o sistema capitalista. Escola Clássica baseada na lei de Say, onde toda oferta cria sua própria demanda, logo toda produção seria consumida, não havendo excedente ou escassez, portanto, não existindo desequilíbrio e crise. Era o princípio do liberalismo econômico, a não intervenção nos mercados, uma vez que sozinhos seriam capazes de se auto-ajustarem promovendo o market clearing. Até mesmo o mercado de trabalho funcionaria no equilíbrio, pois toda oferta de mãode-obra encontraria sua demanda por mão-deobra, não admitindo o desemprego involuntário.
O incremento do trabalho assalariado em larga escala faz despontar o mercado de trabalho como uma instituição fundamental ao funcionamento da economia, sendo entendido de forma genérica como a compra e venda de serviços de mão-de-obra, o local onde trabalhadores e empresários se encontram e