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Situação das prisões alemãs difere muito da realidade brasileira, onde há um déficit de 150 mil vagas nas cadeias. Justiça nos dois países restringe penas em regime aberto. Ouvidor fala em quadro dantesco no Brasil.
[Superpopulação é principal problema das prisões brasileiras]
Superpopulação é principal problema das prisões brasileiras
A Alemanha atingiu este ano o maior número de presos desde a reunificação, em 1990. De acordo com dados divulgados esta semana pelo Departamento Federal de Estatísticas (Destatis), em Wiesbaden, em 31 de março de 2006, o país tinha 64.512 detentos, o equivalente a 90 presos por 100 mil habitantes.
Apesar do aumento do número de presos (em 2005, eram 63.533), a relação detentos/população vem diminuindo. Em 1965, na antiga Alemanha Ocidental, a relação era de 107 presos por 100 mil habitantes acima de 14 anos de idade. Em 1982, era de 92/100 mil.
A absoluta maioria dos detentos (95%) são homens; 22% são estrangeiros. Apenas 3% cumprem prisão perpétua, enquanto 40% permanecem reclusos por apenas um ano. Os delitos mais freqüentes na Alemanha são furto (21%), envolvimento com drogas (15%) e roubo (13%).
Faltam celas e pessoalFaltam celas e pessoal
[Prisão para infratores jovens em Siegburg]
Prisão para infratores jovens em Siegburg
Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários (BSBD) faltam, no mínimo, cinco mil celas individuais e três mil funcionários nas prisões alemãs. Em novembro passado, um jovem foi morto numa prisão em Siegburg (próximo a Bonn). Ele estava preso numa cela projetada para três detentos, mas que era ocupada por quatro. Além disso, apenas quatro funcionários estavam cuidando de 267 prisioneiros no fim de semana em que ocorreu o crime.
Segundo o Destatis, a estatística não revela os motivos do aumento do número de presos, "visto que não se registra exatamente se os tribunais estão dando penas mais longas, menos