Trabalho
O desenvolvimento do café no Segundo Reinado
A economia brasileira, no século XVIII, atravessava um período de dificuldades provocadas pelo declínio da economia açucareira e da mineração. A produção de café, iniciada em meio a essa crise, representou a recuperação econômica e a inserção do Brasil no mercado mundial, nos moldes capitalistas.
Introduzida no Brasil no início do século XVIII, a cafeicultura ocupou inicialmente as províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. No século XIX, a produção chegou à província de São Paulo, primeiro no vale do Paraíba e, depois, na região denominada Oeste Paulista.
O vale do Paraíba fluminense e paulista viveu um período de opulência, em que os grandes proprietários de terras e escravos, que haviam recebido ou comprado títulos de nobreza do governo imperial, eram denominados "barões do café”. Cercavam-se de luxo, vivendo em imensas fazendas ornamentadas com objetos importados da Europa.
Regiões cafeeiras
Regiões cafeeiras nos séculos XVIII e XIX.
O mercado mundial do café se ampliava, na medida em que o produto deixava de ser um artigo de luxo para se incorporar à cultura e ao consumo cotidiano das populações em diversos lugares do mundo. A participação do café brasileiro no mercado mundial elevou-se de 20% na década de 1820 para mais de 50%, entre 1880 e 1889.
O vale do Paraíba, no entanto, deixou de ser a principal região produtora. Embora o clima fosse favorável e a localização geográfica facilitasse o escoamento da produção - graças aos portos da baía de Guanabara e aos portos do litoral sul (Parati, Angra dos Reis etc.) o cultivo extensivo e predatório causou o esgotamento do solo.
A partir de 1870, o declínio da cafeicultura no vale do Paraíba acentuou-se, e a produção