Trabalho
O Standart Penetration Test (SPT) é a mais popular técnica de investigação geotécnica, principalmente devido à simplicidade do equipamento e o baixo custo, além de possibilitar em uma só operação a retirada de amostras, a determinação do nível d’água e a medida de resistência à penetração, que pode ser correlacionado com métodos semi-empíricos de projeto.
O procedimento do ensaio consiste basicamente na cravação de um amostrador padrão, de diâmetro externo de 50 mm, usando um peso de 65 kg, caindo de uma altura de 75 cm. O valor N é o número de golpes necessário para fazer o amostrador penetrar 30 cm, após uma cravação inicial de 15 cm. No Brasil, o ensaio é normatizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas através da NBR 6484 de 1980 (Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos – Método de ensaio). É comum em todo mundo o uso de procedimentos não padronizados e equipamentos diferentes do padrão internacional.
Apesar de ser continuamente criticado pela própria comunidade geotécnica, devido principalmente à diversidade de procedimentos utilizados na execução do ensaio e à pouca racionalidade de alguns métodos de uso e interpretação, o SPT ainda é o ensaio mais utilizado na prática de Engenharia de Fundações.
Ranzini (1988) propõe alterar a metodologia tradicional do SPT medindo o torque necessário para vencer o atrito lateral do amostrador ao final do ensaio.
O procedimento consiste em após a cravação do amostrador padrão conforme prevê a Norma Brasileira NBR 6484, retirar-se a cabeça de bater e colocar o disco centralizador até este apoiar-se no tubo guia. Rosqueia-se na mesma luva, onde estava aclopada a cabeça de bater, o pino adaptador. Encaixa-se no pino uma chave soquete onde se acopla o torquímetro.
Aplica-se à haste uma torção, medindo, por meio de um torquímetro usado como braço de alavanca e mantido na horizontal, o momento de torção máximo necessário à rotação do