Trabalho
Nas grandes metrópoles do mundo, as pessoas somem entre automóveis, entre escritórios, entre prédios e somem entre as máquinas modernas que quase ditam nosso jeito de viver.
De alguma forma, as diferenças é que sustentam as minorias. Somos negros, somos pobres, somos mulheres mais não devemos aceitar a força bruta das engrenagens que acima de nossas esperanças detêm um poder sobre-humano que volatiliza a sociedade.
A América Latina, esse território de homens brutos e de amantes não pode viver como medo do caos que se instala à nossa volta apenas porque perdemos a capacidade de discernir entre o que é justo e o que não é, porque não somos capazes sequer de administrar o lixo do dia a dia. Se há uma guerra entre o capitalismo selvagem e o ideal dessa gente de boa vontade – o socialismo – precisamos vencer essa guerra contra nós mesmos.
O caos urbano da idade pós-moderna não justifica tantos crimes. Os homens se matam, são racistas, perderam a capacidade de pedir perdão e não enxergam que, para além de suas pretensões, deve sobreviver a sociedade onde todos se acomodam porque todos dependem uns dos outros.
A cada dia um crime bárbaro acorda as metrópoles, cada um deles com maior requinte de terror e perversão, cometidos contra mulheres, contra crianças, contra os pais, contra os filhos, mães como se da desordem do dia a dia fossem fabricados os monstros sem piedade que rondam o dia a dia do noticiário social.
Por outro lado, a evolução, depois de vinte séculos, nos escraviza e nos torna dependentes das máquinas. O celular, o computador, o vídeogame obrigam que, a cada minuto, a gente mude de opinião, senão de destino e talvez seja isto o que crie essa multidão de solitários, todos em busca de uma vida melhor.
“Que tristeza povo, que tristeza tanta em tudo que me erra pra bater na santa”, disse o gênio humano da poesia, chamado Nauro Machado. E depois disso sumiram os outros gênios, sumiu até o homem que por aqui inventou a poesia social, Nascimento