trabalho
BethCosta
Carl Gustav Jung se refere a anima e animus, sendo que a estrutura anima do ser humano é a polaridade do envolvimento, da ternura, da intuição, da sensibilidade, do feminino, da mãe. Enquanto que animus seria exatamente a polaridade mais lógica, impessoal, mais racional, a estrutura do masculino. Ambas, anima/animus estão presente tanto no homem quanto na mulher e sem nos delongar, porque não é o enfoque que pretendemos, vamos refletir a respeito dessas polaridades com exemplos que poderão nos situar melhor em relação à nossa proposta de análise do “cuidar de si, cuidar do outro”. Exemplificando, buscamos nosso modelo maior de ser humano - Jesus e vamos rever o equilíbrio anima/animus presente na personalidade do Terapeuta Divino em todos os momentos de sua vida dedicada a cuidar do outro, remontando especialmente as causas dos males e liberando os enfermos de toda ordem. Na Parábola da Mulher Adúltera quando alguém em meio a multidão quis mais uma vez surpreender o Terapeuta em contradição, perguntando-lhe diante da mulher que ali era cruelmente julgada: “a Lei manda que as adúlteras sejam apedrejadas, o que dizes tu? E Jesus calmamente responde: _ Está correto, a Lei deve ser cumprida, no entanto sugiro que aquele dentre vós que nunca tiver sido adúltero, que nunca tiver se equivocado, nem maltratado, nem desrespeitado, nem usurpado de alguma forma o outro, “que lhe atire a primeira pedra”. Jesus naquele momento desnudava a hipocrisia de todos aqueles homens, porque o adultério não é só para a mulher e muito menos considerado apenas quando pego em flagrante... Ao contrário, o adultério, ou seja, a corrupção de qualquer idéia, pensamento, sentimento em relação ao outro é adulterar alguma coisa. Se o adultério é tomado somente no aspecto da infidelidade conjugal, ainda ficaria muito mais simples imaginar qual a situação daquela multidão de homens presentes, todos agindo com a mais pura expressão