Trabalho
Francisca Elisângela Pedrosa Mendes[1]
A Ética é o julgamento que se faz sobre o acontecimento moral do homem. Para que haja conduta ética, é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre o bem e mal, certo ou errado, permitindo ou proibindo virtudes[2] e vícios respectivamente.
Viver é esta com o outro. Não se vive sozinho. Se não houver duas ou mais pessoas, não há ética, ou seja, não há um julgamento sobre o modo que uma pessoa vive.
A ética é utilizada entre a relação do eu ou do outro. Por tanto, possui grande influência no que diz respeito à vida. É o que se pode chamar de "vida ética". Mas como fazer para ter uma vida ética?
Marilena Chauí, professora de Filosofia da Universidade de São Paulo, baseado em seus estudos, explica que o sujeito ético possui valores e obrigações, que formam a conduta moral, e que se pode chamar de virtudes. Ela destaca as seguintes:
ª Ser consciente de si e do outro. Ter percepção do que se passa em si mesmo ou sua vida. Sentimento que se pode aprovar ou reprovar suas ações. Para a psicanálise[3], Simund Freud afirma que a consciência é uma voz interior que pode até ser ignorada, mas não calada. É uma voz que se comunica consigo através da intuição, está entre o mundo real e o mundo imaterial.
ª Ser dotado de vontade, capacidade através da qual se toma posição frente ao que lhe aparece. Diante de um fato, se pode desejá-lo ou rejeitá-lo, negá-lo ou suspender o juízo. Para a filosofia[4], Descartes afirma que o fato se ter vontade o torna responsável pelas próprias decisões e ações: "A dimensão moral do homem decorre do fato de ele ter vontade. A escolha digna de reprovação é erro". Para a religião, nesse ponto, Santo Agostinho[5] acorda com Descartes. Ele acredita que o fato de se ter vontade, não só o torna responsável pelas próprias decisões e ações, como também, livra Deus de qualquer responsabilidade sobre a mesma.
ª Ser responsável, responder pelos próprios