trabalho
Controle Social e microfísica do poder
As grandes instituições de Controle Social- a Família, o Estado, a Escola e a Igreja, permeiam, em uma sociedade, a socialização e as estratégias de sobrevivência coletiva e individual. Tais espaços, com alguma autonomia individual, atuam em bloco, determinando as formas e os meios de socialização geral.
Assim, o Estado, enquanto instituição de controle social é capaz de orientar e coagir pessoas e organismos em relação a suas políticas e sua ideologia, por meio organismos e instituições próprias, como o Exército e a Polícia, o sistema judiciário e Penal, os Órgãos e Autarquias de administração pública (Ministério, Secretarias, entre outros).
Na verdade, o Estado desempenha um papel central organizando-se de forma a realizar e reproduzir a ideologia e a ciência, consolidando as vantagens materiais e intelectuais das classes dominantes, cabendo às demais ICS- Intituições de Controle Social (Escola, Igreja, Família), adotar, de alguma forma e em determinado grau, essa visão de organização técnico valorativa, o que possibilita a universalização da ideologia dominante. As ICS e seus subórgãos apresentam graus variáveis em intensidade e formalidade com que impõem sua coercitividade, de modo que o Estado penetra nelas de forma diversa: de forma macro, destacando-se dois gêneros de atuação coercitiva, os Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE)- Família, Escola, Igreja; e os Aparelhos Repressivos de Estados (ARE)- Polícia, Exército, Judiciário. Sendo assim, predomina o papel do Estado em ditar os valores e comportamentos desejáveis a uma determinada organização social. Michael Foucault (2001), “remete a uma perspectiva onde a disseminação do poder e a repressão que dele deriva não se dão de forma centralizada em grandes ICS, mas ao contrário, se estendem até as fronteiras de instituições regionais e locais.” Dessa forma, não apenas distingue e explica o poder e sua violência de forma centralizada