Trabalho
Educação (a distância): apontamentos para pensar modos de habitar a sala de aula
Education (at a distance): thoughts on ways of inhabiting the schoolroom
Margarete Axt 1
O descompasso entre procura e oferta no ensino superior abre espaço para uma demanda alternativa. Inserida na lógica de mercado, o Ensino a Distância (EAD) comparece, num primeiro momento, dando corpo à demanda. Os educadores apropriam-se da oferta, emprestam-lhe metas e objetivos educativos, e começam a adaptar projetos pedagógicos às tecnologias disponíveis: a EAD gira sobre seu próprio eixo para se transformar em Educação a Distância2 . Tecnologias são/foram sempre parte do fazer, desde o momento mítico 2 em que o galho de árvore ou a pedra serviram de meio para que a mão Numa perspectiva dicotômica, tende-se a considerar o par Ensino-Aprendizagem, em humana fosse mais longe. A mesma inteligência (Maldonado, 1994) ou, particular, nas suas relações de oposição, sobre ainda, a mesma subjetividade (Guattari, 1996) que produz a tecnologia, o eixo da interação: assim, o Ensino (a em processos de objetivação de si, deixa-se em seguida subjetivar por Distância) caracterizar-se-ia principalmente pela pouca ou até nenhuma interação ela, vivendo, aprendendo, conhecendo, segundo modos possíveis nas relações do par derivado professor-aluno, resultantes dessa íntima relação. Em outras palavras, tecnologia e enquanto que a Educação (a Distância) subjetividade se fundem, agenciando singulares e característicos modos referir-se-ia preferencialmente às relações de de pensar, de aprender, de conhecer: livros, televisão jogos eletrônicos ou interação positiva do par derivado professor-aluno. Na ênfase ao Ensino, Internet produzem agenciamentos diversos. Aspectos como velocidade, encontram-se em especial as tecnologias de linearidade, materialidade, sincronicidade, hipertextualidade, ou primeira e segunda gerações, respectivamente interatividade, têm se mostrado importantes operadores na