Trabalho

A autora do livro “O QUE É IDEOLOGIA”, Marilena Chauí, divide o livro em três partes principais. A primeira delas trata de alguns exemplos que ajudam na compreensão da ideologia. Percebemos que ela busca apresentar uma evolução histórica de algumas ideias e concepções de importantes autores. Chauí parte do pensamento filosófico de Aristóteles, em que ele apresenta a teoria das quatro causas (esta também influenciou pensadores medievais) que estava dividida entre a causa material, a causa formal, a causa motriz ou eficiente e a causa final. Para Aristóteles essas quatro poderiam explicar tudo que existe, além de hierarquizá-las e destacar a “causa final” como a mais importante, e inferiorizar a “causa motriz ou eficiente”. Pode-se ter como exemplo para explicar essa teoria, um trabalho de sala de aula, em que a causa material é de que o trabalho é feito, a causa eficiente é o ato de o estudante fazer o trabalho, e a causa final é intenção da professora de solicitar o trabalho. Assim, é notório que quando Aristóteles destaca a causa final como mais importante, ele está correto, pois sem ela nenhumas das outras causas seriam efetuadas. Seguindo a evolução histórica da autora, Destutt de Tracy foi o primeiro a trabalhar com o termo ideologia no livro Eléments d’Idéologie. Com a ajuda de outros estudiosos, ele queria elaborar uma nova ciência que explicasse a origem das ideias, além de relacionar os fenômenos naturais com o corpo humano. Os ideólogos franceses eram antiteológicos, antimetafísicos e antimonárquicos. Isso mostra que eles eram contrários ao sistema vigente na França do século XIX. Estes também apoiaram Napoleão no golpe de 18 Brumário, mas logo perceberam que Bonaparte era favorável ao Antigo Regime. Com isso eles se opuseram a Napoleão e foram excluídos do Tribunado e tiveram a Academia fechada, além de receberem críticas do líder francês que os chamou de “tenebrosos metafísicos”, que era justamente o contrario do pensamento dos