Trabalho
Por Wanderson Alves, ITA T-12
Outubro de 2007
I - Introdução
Em linhas gerais, pode-se dizer que o romance Quincas Borba (1891) conta a história de Rubião, um matuto que recebe uma grande herança, sai do interior para a corte do Rio de Janeiro e lá é enganado por todos. Perde sua herança e morre sem nenhuma sanidade.
Seguindo os padrões machadianos,
Quincas Borba também apresenta o tradicional triângulo amoroso: Sofia e
Cristiano Palha (o casal) e Rubião (a vítima). O romance é narrado em 3º pessoa.
II - Personagens
1 Pedro Rubião de Alvarenga:
.
professor residente em Barbacena (MG) que, por ser o único amigo de um rico filósofo, acaba sendo o herdeiro universal deste.
2. Quincas Borba (o filósofo): vejamos a descrição que o próprio Machado dá para Quincas: Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias
Póstumas de Brás Cubas, é aquele mesmo náufrago da existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia.
3. O casal Sofia e Cristiano de
Almeida Palha: encontram casualmente
Rubião saindo de Barbacena (pegam o mesmo trem) indo para a corte no Rio de
Janeiro. Sobre Palha, Machado fala: Salvo em comidas, era escasso consigo mesmo. Ia muita vez ao teatro sem gostar dele, a bailes em que se divertia um pouco, - mas ia menos por si que para aparecer com os olhos da mulher, os olhos e os seios. Tinha essa vontade singular; decotava a mulher sempre que podia, e até onde não podia, para mostrar aos outros as suas venturas particulares . Sofia (...) acabou gostando de ser vista, muito vista (...). Para as despesas da vaidade, bastavam-lhe os olhos, que eram ridentes, inquietos, convidativos, e só convidativos: podemos compará-los à lanterna de uma hospedaria em que não houvesse cômodos para os hóspedes. A lanterna fazia
parar toda a gente, tal era a lindeza da cor, e a originalidade dos emblemas; parava, olhava e andava. Para que escancarar as janelas?