Trabalho
Os líderes neste início de século estão diante de um grande desafio: promover mudanças no pensamento empresarial para enfrentar as alterações originárias das preocupações climáticas.
E aqui não me refiro a pequenos ajustes nos negócios, como comumente é feito, mas adoção de uma postura estratégica que altere a infra-estrutura em favor de uma consciência ecologicamente correta ou crie uma linha de produtos e serviços visando incorporar princípios ecológicos para contribuir com a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Na maioria dos casos, a grande preocupação do gestor em adotar essa postura recai sobre a questão da lucratividade, ou melhor, da sua redução ou a possibilidade de não aceitação por parte de seus clientes, e, notadamente, por ser tratar de algo novo, existe realmente a necessidade de avaliar os riscos envolvidos. Contudo, a maioria das organizações que adotou essa postura comprova que, a longo prazo, aprender a gerir uma organização pensando no meio ambiente pode ser empolgante, lucrativo e estrategicamente poderoso.
Naturalmente, esperava-se que essas mudanças partissem de esforços vindo de governos, com o envolvimento de milhares de pessoas, subsídios e pesquisas com elevadas verbas, mas o que se mostra é o aparecimento de redes locais que foram desenvolvidas a partir do esforço de pequenos grupos de líderes comprometidos dos setores públicos e privados.
O relatório Nós, os Povos: O Papel das Nações Unidas no Século 21, que foi elaborado por solicitação do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi-Annan, demonstra que há necessidade de um esforço global. Por sua vez, a Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM) que se baseou nas quatro convenções realizadas pela ONU em 2005, relativas às questões ambientais (clima, biodiversidade, desertificação e áreas úmidas), descreve de forma preocupante a situação do suporte de recursos naturais que são utilizados pelos