Trabalho Xombra Gostoso

Os comentários apresentados por José Aderaldo Castello em seu texto Literatura brasileira: origens e unidade trazem uma afirmação presente no livro de Aluísio de Azevedo, levando em consideração o período em que o autor cria a obra O Mulato, no Brasil Império ainda muito marcado pela tradição colonial de práticas escravocratas nas relações de trabalho, também caracterizado pelo racismo contra negros descendentes de origem africana que ainda eram escravos. Azevedo influenciado por muitas correntes do Positivismo que estava em ascensão na Europa no século XIX, discutia teorias como o humanismo, Darwinismo entre outras correntes filosóficas, querendo a mudança das questões políticas e econômicas do Império, uma crítica para o fim da corrupção clerical e a quebra de preconceitos étnico e raciais que acontecia em toda a cidade de São Luís do Maranhão na época.
Destacamos aqui uma provável passagem da obra que da a entender que Aluísio de Azevedo apresenta a questão do discurso colonizador que os povos que habitavam os países dentre os trópicos eram preguiçosos: “[...] só os pretos faziam as compras para o jantar ou andavam no ganho, ” O autor nesse trecho evidencia que em tempos difíceis, com o calor exuberante em São Luís do Maranhão, apenas os negros saiam de casa, porque eram obrigados a trabalhar, vistos como animais pela sociedade, e mesmo assim ainda eram tachados de preguiçoso, evidenciando a preguiça dos brancos. . As famílias brancas na obra eram conservadoras e não aceitavam o casamento de uma mulher branca com um mestiço, tratando esse fato como uma afronta as tradições da boa família tradicional e dos padrões corretos da época. Destacamos uma passagem da personagem Maria Bárbara que pelo contexto da obra era uma senhora de família tradicional e que se orgulhava em ter se casado com um homem branco e de olhos claros. Em uma de suas falas ela se orgulha em casar sua filha com um homem branco aqui ilustrada “ Bem! Ao menos tenho a certeza de que