Trabalho Vida Simples
Entre livros e videogames
A tecnologia está levando as salas de aula para todo lugar, de uma maneira democrática e, muitas vezes, bem divertida.
Publicado em 01/07/2013
POR Diogo Antonio Rodrigues/ Ilustrações: Pedro Piccinini
Pois esse sonho pode ser uma realidade ao alcance das mãos. Dá até para pensar em cursar algo na Universidade de Stanford, nos eua, uma das melhores do mundo e também uma das mais disputadas. Para ter acesso a esse ambiente privilegiado, é preciso passar por um rigoroso processo de admissão - e ter bastante dinheiro. Custa cerca de R$ 80 mil por ano. Mas isso não impede que ela disponibilize também alguns de seus cursos on-line. E de graça. Atualmente, sete cursos on-line estão acontecendo na Stanford. Todos ministrados por professores da própria universidade e com o mesmo conteúdo dado aos alunos que frequentam o campus. Porém, a experiência não é a mesma de assistir a uma série de palestras no YouTube, olhos vidrados na tela. Quem se inscreveu em "Desenvolvimento Democrático", por exemplo, tem de entregar trabalhos semanais e fazer uma prova final para passar. É um curso virtual, mas de verdade.
Esse é apenas um exemplo dos 336 cursos oferecidos por 62 universidades pelo mundo na plataforma Coursera, lançada em abril de 2012. Apesar de jovem, o site é uma das principais referências no ensino on-line. A ideia nasceu quando o professor de ciência da computação de Stanford, Andrew Ng, começou a postar suas aulas no YouTube e "centenas de milhares de pessoas começaram a ver". "Depois disso, me dediquei a desenvolver uma tecnologia que não tivesse só vídeo, mas também lição de casa, fórum de discussões e a chance de obter um certificado", relata ele.
Em apenas um ano, o Coursera conquistou mais de 3,2 milhões de usuários em vários países. Os americanos dominam no número de inscrições, com mais de 35% dos alunos. Segundo Ng, o Brasil ocupa a quinta posição nesse ranking, apesar de não haver aulas em português,