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Belo Horizonte
2014
Copa no Brasil deve combater racismo, afirma Dilma
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
30/04/2014 19h28
A presidente Dilma Rousseff abordou, nesta quarta-feira, o tema racial em discurso na formatura dos diplomatas que recém concluíram o curso do Instituto Rio Branco.
O nome escolhido para a turma foi a do líder sul-africano Nelson Mandela - a ministra Luiza Bairros (Igualdade Racial), foi a paraninfa.
"Ninguém respeita um país que não respeita seu povo, que aceita passivamente que uma parte expressiva da sua população [seja] excluída", disse. Para Dilma, a realização da próxima Copa do Mundo no Brasil é uma oportunidade de abordar a questão.
"A Copa do Mundo que nos espera no próximo junho tem de ser não só a Copa pela paz, mas a Copa da luta contra o racismo. Nada mais atual diante das manifestações que muitos dos nossos atletas têm sofrido neste caso com base no racismo mais grosseiro", afirmou.
Dilma argumentou que "a questão da desigualdade racial é uma questão central para a construção de uma verdadeira democracia e uma verdadeira nação desenvolvida e rica".
DIREITOS HUMANOS
Dilma destacou o relacionamento do Brasil com vizinhos e nações desenvolvidas, e saiu em defesa do multilateralismo. Ela reforçou ainda que a "promoção e proteção dos direitos humanos" são "vetores essenciais" da política externa brasileira.
"Mas é importante afirmar que não nos associamos ao que deles fazem uso seletivo e objeto de luta política. Esta, a seara dos direitos humanos e das garantias, é uma seara na qual até no Brasil temos muito a avançar. E temos de reconhecer isso para que não façamos dos direitos humanos uma arma de luta política decorrente de outros interesses", ponderou.
Dilma citou ainda as denúncias de espionagem dos Estados Unidos contra empresas e governo brasileiro e reforçou o discurso da soberania