trabalho sobre lepra
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Surgimento, propagação e combate à lepra*
Prof. Dr. Adolpho Lutz
Tendo decidido divulgar minhas opiniões sobre a propagação e a conseqüente prevenção da lepra fora da América do Sul, onde já eram bastante conhecidas, pareceume adequado revisar toda a literatura das últimas décadas, o que me foi possível graças à rica biblioteca do Instituto Oswaldo Cruz e do colega Dr. H. de Souza Araújo, e também à minha própria literatura que, em parte, é ainda mais antiga.
As opiniões aqui expressas não têm nenhuma pretensão de ineditismo, e algumas já foram debatidas há muito tempo. É certo que selecionei, dentre uma profusão de dados contraditórios, aqueles que mais se adequavam às minhas próprias observações e experiências, e o leitor competente talvez venha a descobrir alguma coisa que lhe tenha escapado até agora, ou que não fora adequadamente observada. É assim que devem ser compreendidos os relatos que se seguem sobre o que foi observado na lepra.
Ao se debruçar sobre a literatura, o leitor pouco experiente em relação a essa doença encontrará tantas opiniões e dados contraditórios que não conseguirá formar uma idéia de como ela surge e se propaga. Terá de conferir a validade das informações e selecionar o que lhe parece plausível e melhor corresponde às suas próprias observações. As explanações que se seguem podem servir como exemplo de uma tal seleção crítica.
Literatura
A literatura, que há muito tempo já era bastante extensa, continua a aumentar a uma velocidade crescente, de maneira que se torna quase impossível a qualquer um estudar os originais. Assim, julguei conveniente indicar apenas as principais fontes, através das quais será possível encontrar a literatura correspondente aos diversos capítulos.
Conferências
1) Congresso Internacional de Dermatologia e Sifilografia, Paris, 1889. Relatório em Monatshefte für Praktische Dermatologie, v.IX, n.5 e 6 – Lepra: p.233, 239,
241.
2) II Conferência