Trabalho sobre Japão
O local conhecido hoje por bairro da Luz já foi um vasto campo pantanoso. Seu nome era Campo do Guaré ou Caminho do Guarepe – em linguagem indígena “matas em terras molhadas” – pois o local era inundado pelos rios Tamanduateí e Tietê durante períodos chuvosos.
A denominação Luz surgiu quando um dos primeiros povoadores da cidade de São Paulo, Domingo Luís, conhecido como ”o carvoeiro”, mudou-se, em 1601, da região do Ipiranga (na zona sul) para o Guaré, construindo ali uma pequena capela em homenagem à sua santa de devoção, Nossa Senhora da Luz. A construção atraiu visitantes e devotos, tornando-se uma referência geográfica para os viajantes. Com o tempo, o lugar passou a ser chamado de bairro da Luz.
O local que antes abrigava fazendas onde o gado andava solto pelos pastos foi aterrado e edificações foram construídas. Temos com exemplo o Jardim da Luz, o primeiro jardim público da cidade, e o Seminário Episcopal, inaugurados, respectivamente, em 1825 e 1856.
Ferrovias
O desenvolvimento da região sofreu impacto direto da implantação das estradas de ferro ligando os cafezais do oeste paulista ao porto de Santos. Em 1860 teve início a construção da ferrovia The São Paulo Railway Company, primeira estrada de ferro do estado, por iniciativa do Barão de Mauá.
Em 1867, o bairro recebeu a primeira Estação da Luz, que redefiniu toda a área central da cidade, constituindo-se em ponto de ligação para todo o tráfego urbano e o comércio. Já em 1875, próximo à Estação da Luz, foi construído o primeiro prédio da Estação Sorocabana (que seria substituído por dois prédios: um de 1914, que hoje abriga o Memorial da Resistência; e outro, concluído em 1938, da atual Estação Júlio Prestes).
A implantação do sistema de transporte ferroviário gerou profundas mudanças na área, que se valorizou. Ainda no final do século XIX, houve investimentos municipais em vias de acesso ao centro, calçamentos e iluminação, instalação de bondes e melhorias no Jardim da Luz,