Trabalho saocial
A procura por esses trabalhadores aumentou desde a promulgação da Lei nº 8.213, cujo artigo 93 obriga as empresas a contratar funcionários com necessidades especiais de modo que eles representem de 2% a 5% do total de empregados. O descumprimento da lei implica multa, que nem sempre é leve. “Um banco chegou a pagar R$ 7 milhões”, comenta Moraes. Nos últimos tempos o governo tem pressionado mais as empresas e, em consequência, elas têm contratado mais deficientes, mas colocando-os em qualquer posto. No mercado de trabalho, muitos dos portadores de necessidades especiais são subestimados, o que os leva à baixa autoestima e ao pouco esforço em se inserir socialmente. Com o intuito de mostrar a esses indivíduos e às grandes corporações do que eles são capazes, a ABPcD oferece cursos profissionalizantes gratuitos aos deficientes com mais de 16 anos. Deve-se lembrar que os alunos começam o curso já empregados por uma companhia: esta contrata a ABPcD para realizar uma seleção e, posteriormente, fazer a qualificação dos profissionais.
Para cumprir seu objetivo de inclusão profissional e social, os cursos da ABPcD abordam conteúdo profissionalizante e comportamental. De início, os alunos passam por entrevistas (etapa que dura em média três meses) a fim de descobrir seu perfil profissional. Depois, são encaminhados para cursos de um a quatro meses, ministrados em salas que atendem às necessidades especiais de deficientes físicos, visuais, auditivos e intelectuais leves.
A outra metade do conteúdo do curso é