TRABALHO PRECÁRIO À BORDO: os aquaviários dos barcos regionais da linha Parintins-Manaus-Am

XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE SOCIOLOGIA
10 A 13 DE SETEMBRO DE 2013 – Salvador (BA)

Grupo de Trabalho - GT 18 – NOVAS CONFIGURAÇÕES DO TRABALHO
NOS ESPAÇOS URBANO E RURAL

TRABALHO PRECÁRIO À BORDO: os aquaviários dos barcos regionais da linha Parintins-Manaus-Am

Adelson da Costa Fernando1
Elenise Faria Scherer2

1

Sociólogo, mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia, professor do Instituto de Ciências Sociais,
Educação e Zootecnia/UFAM (E-mail: [e-mail])
2

Professora do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia – UFAM (E-mail: [e-mail]) TRABALHO PRECÁRIO À BORDO: os aquaviários dos barcos regionais da linha Parintins-Manaus-Am

Esta comunicação analisa as condições de trabalho dos aquaviários dos barcos regionais que fazem o trajeto entre a cidade de Parintins e Manaus, a capital do Estado do Amazonas. Esse segmento de trabalhadores labuta em condições de precariedade dentro dos inúmeros barcos que singram os rios da
Amazônia. Num vai-e-vem constante, são, contudo, invisíveis e sem reconhecimento profissional. Porém, são responsáveis não só pela condução dos barcos como pelo transporte das mercadorias e a segurança dos passageiros. Essa força de trabalho que dinamiza o modo de vida amazônica está imersa no mundo do trabalho precário. Embora seja reconhecido pela contratualidade brasileira, os aquaviários, sujeitos da pesquisa, passam ao largo do contrato de trabalho e, por decorrência, são desprotegidos socialmente. A jornada de trabalho inicia-se na madrugada, quando realizam a retirada de mercadorias dos porões dos barcos para o cais, por isso, se autodenominam de purãozeiros. Seus ganhos são incertos, baixos se comparados a intensa carga horária de trabalho, além do esforço físicomuscular que provocam inúmeras doenças profissionais. A precariedade é uma realidade no universo dos trabalhadores aquaviários na Amazônia.

PALAVRAS-CHAVES:

Aquaviários;

Trabalho;