Trabalho Portif Lio
Teoria de Jean Jacques Rosseau
Segundo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) é que o homem é bom por natureza, mas está submetido à influência corruptora da sociedade.
Para Rousseau, a criança devia ser educada sobretudo em liberdade e viver cada fase da infância na plenitude de seus sentidos - mesmo porque, segundo seu entendimento, até os 12 anos o ser humano é praticamente só sentidos, emoções e corpo físico, enquanto a razão ainda se forma. Liberdade não significa a realização de seus impulsos e desejos, mas uma dependência das coisas (em oposição à dependência da vontade dos adultos).
Ele condenava os métodos de ensino utilizados até ali, por se escorarem na repetição e memorização de conteúdo, e pregava sua substituição pela experiência direta por parte dos alunos, a quem caberia conduzir, pelo próprio interesse, o aprendizado. Mais do que instruir, para Rousseau, a educação deveria se preocupar com a formação moral e política.
Método natural e educação negativa
Rousseau dividiu a vida do jovem - e seu livro Emílio - em cinco fases: lactância (até 2 anos), infância (de 2 a 12), adolescência (de 12 a 15), mocidade (de 15 a 20) e início da idade adulta (de 20 a 25). Para a pedagogia, interessam particularmente os três primeiros períodos, para os quais Rousseau desenvolve sua idéia de educação como um processo subordinado à vida, isto é, à evolução natural do discípulo, e por isso chamado de método natural. O objetivo do mestre é interferir o menos possível no desenvolvimento próprio do jovem, em especial até os 12 anos, quando, segundo Rousseau, ele ainda não pode contar com a razão. O filósofo chamou o procedimento de educação negativa, que consiste, em suas palavras, não em ensinar a virtude ou a verdade, mas em preservar o coração do vício e o espírito do erro. Desse modo, quando adulto, o ex-aluno saberá se defender sozinho de tais perigos.
Rousseau via o jovem como um ser integral, e não uma pessoa incompleta, e intuiu na infância