Trabalho no conceito filosófico
Por outro lado, se fizermos um estudo filológico da palavra trabalho, descobriremos que esta vem do latim, do vocábulo tripaliare, do substantivo tripalium, que era nada mais nada menos que um aparelho de tortura formado de três paus, ao qual eram atados os condenados, ou que também servia para manter presos os animais difíceis de ferrar. Daí, obviamente a associação do trabalho como tortura, sofrimento, pena, labuta, et. al.
Na Grécia Antiga, todo trabalho manual era desvalorizado e feito pelos escravos. A atividade teórica é considerada a mais digna ao homem, cuja essência é fundamentalmente a de ser racional.
Entre os romanos, o conceito negotium mostra a oposição entre negócio e ócio. O termo Nec ? otium é um conceito que se define pela "ausência de lazer".
Na Idade Média, muitos textos consideram a ars mechanica (arte mecânica) uma ars inferior (arte inferior).
Na Idade Moderna, a situação começa a se alterar: o crescente interesse pelas artes mecânicas e pelo trabalho em geral justifica-se pela ascensão dos burgueses, vindos de segmentos dos antigos servos que compravam sua liberdade e dedicavam-se ao comércio.
O fascínio pela maquina é tanto que o filósofo René Descartes explica o comportamento dos animais como se fossem maquinas e o modelo característico do universo é o mecanismo de um relógio (daí a celebre frase cartesiana: "o universo é um grande relógio e Deus é relojoeiro").
Para demonstrar o trabalho a partir da era moderna façamos uso de duas teorias filosóficas. Primeiro, do filosofo alemão Hegel que se refere, na sua obra Fenomenologia do Espírito, a dois