Trabalho_manual_dos_arquivistas

2. No § 16 (p.44), os autores do Manual, discutem a existência de um método na disposição arranjada dos arquivos. O que implica em pensarmos que há uma relação entre os documentos constituindo o todo. Discutam essa relação entre os documentos e o arquivo, como instituição, recorrendo a esse e a outros parágrafos da obra.
A partir da leitura do capitulo e de outras partes do manual como o titulo do capitulo 16 mesmo fala os documento, a organização original do arquivo, revela sua essência, corresponde à organização do órgão administrativo que o produziu. Segundo os autores do manual “só a ordenação sistemática de um arquivo, a qual se funde sobre a sua antiga organização, conduz a resultados satisfatórios. Só assim, ao cabo, serão corretamente resolvidas as inúmeras questões suscitadas pelo arranjo da coleção”.
Para os arquivistas holandeses o arquivo é um todo orgânico, que se veio criando durante certo período de tempo e não algo feito mais tarde, em determinada data fixa, um organismo vivo que cresce, se forma e sofre transformações segundo regras fixas. Se modificam as funções da entidade, modifica-se, concomitantemente, a natureza do arquivo, ou seja, os documentos produzidos pela instituição ao longo de sua existência e guardados de forma correta em um arquivo vão revelar a verdadeira forma que a aquela instituição tinha antigamente para a posteridade. Com isso estabeleceu-se a compreensão da naturalidade na geração de documentos dos arquivos, articulado com a idéia que a ordem da criação dos documentos combate arranjos temáticos.
A principal contribuição dos autores holandeses foi articular os princípios mais importantes, preocupando-se com a natureza e o tratamento dos arquivos. O manual começa sua primeira regra nos termos “o fundamento sobre o qual se erguerá todo resto” de que os arquivos são “o conjunto de documentos escritos, desenhados, material impresso, recebidos ou produzidos oficialmente por determinado órgão administrativo ou por um de seus