Trabalho Kant Bergson

2396 palavras 10 páginas
Para falarmos de Kant, filósofo alemão do século XVIII, e entendermos melhor a forma com a qual ele trata a subjetividade, é de suma importância que antes façamos uma rápida retrospectiva, no que diz respeito à epistemologia, do contexto histórico no qual estava inserido. Os filósofos que o antecederam travavam uma disputa acadêmica acerca de qual seria o melhor método para se chegar a conhecimentos verdadeiros. Seguindo uma ordem cronológica, podemos dizer que, representados, por exemplo, por Descartes e Spinoza, tínhamos de um lado os racionalistas: ou seja, filósofos que defendiam a razão como sendo a melhor forma para se chegar à verdade. Em contrapartida, posteriormente chegaram os empiristas, tendo por expoentes filósofos como John Locke e David Hume. Essa corrente acreditava que através da experiência e do uso dos sentidos é que conseguiríamos compreender o mundo de verdade.

Porém, teorias epistemológicas antagônicas não eram tudo com o que Kant se deparava em seu tempo. Além disso, o filósofo alemão também viveu em um período imediatamente pós-Newton, no qual pôde observar um crescente avanço das ciências exatas, em especial a matemática a física. Ao conhecimento produzido por essas ciências, Kant atribuiu o nome de Juízo sintético a priori, sendo esse um dos três juízos possíveis. Um juízo pode ser tanto uma afirmação ou uma negação de um predicado em relação a um sujeito. Um juízo sintético a priori é uma forma de juízo que atribui ao sujeito um predicado que não está incluso no seu conceito através somente do uso da razão, sem que precise passar pela experiência. Como por exemplo: a menor distância entre dois pontos é uma linha reta. Se escolhermos qualquer sujeito dessa afirmação (distância, ponto, reta), veremos que o que foi dito não está contido em nenhum dos conceitos, porém podemos aceitar a veracidade da frase sem precisarmos de nenhuma experiência. O que já não ocorre se afirmarmos, por exemplo, que todo corpo é pesado. Pois no conceito de

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