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Em menos de quatro meses do lançamento do plano de financiamento do BNDES a novos hotéis, a procura é grande e já soma R$ 903,5 milhões. Dois estudos que acabam de ser apresentados no mercado dão a dimensão do impacto que terá a Copa do Mundo de 2014 na economia brasileira. A consultora Ernest & Young em parceria com FGV — Fundação Getulio Vargas apresentou o estudo Brasil Sustentável – Impactos socioeconômicos da Copa do Mundo 2014, que aponta uma injeção de R$ 142,39 bilhões na economia brasileira até 2014. Já o Ministério do Turismo prevê que os desembarques domésticos saltem dos 56 milhões, registrados em 2009, para 73 milhões, em 2014. Projeta também a geração de 2 milhões de empregos formais e informais de 2010 a 2014. A entrada de divisas internacionais deverá crescer 55%, no mesmo período, subindo de R$ 6,3 bilhões para R$ 8,9 bilhões no ano de realização da Copa no Brasil.
Se estas são projeções futuras, existem os sinais deste aquecimento no momento atual. O BNDES — Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social lançou recentemente um plano de financiamento para a construção e modernização da indústria hoteleira no Brasil no valor de R$ 1 bilhão a títulos de empréstimos com taxas bastante acessíveis e um bom prazo de carência para início dos pagamentos. A procura por este empréstimo surpreendeu o BNDES que já recebeu pedidos de financiamento para reforma ou construção de novos hotéis para a Copa de 2014 no valor de R$ 903,5 milhões. O volume de solicitações foi alcançado apenas quatro meses depois do lançamento do programa ProCopa Turismo.
De acordo com o BNDES, cerca de 80% dos pedidos, num total de R$ 713,2 milhões, são para a construção de empreendimentos. Como o finaniamento raramente chega a 100% dos projetos, se tudo que está hoje na carteira de empréstimos do ProCopa fosse aprovado o banco viabilizaria R$ 1,485 bilhão em investimentos. Em fase mais adiantada, na