Trabalho infantil
Durante a Revolução houve uma grande oferta de emprego nas fábricas, e o trabalho artesanal desenvolvido pelas famílias já não era páreo para a produção industrial e assim as pessoas foram praticamente obrigadas a desistir de tal trabalho e partir rumo as indústrias.
Muitas vezes os trabalhadores moravam em lugares muito distantes das fábricas e tinham de deixar sua família, o que era difícil e que normalmente não acontecia. Além do que o trabalho de uma só pessoa não era suficiente para suprir as necessidades de uma família, fazendo assim mulheres e crianças trabalharem sob condições rígidas e desumanas.
Como o salário era baixo e as famílias precisavam sobreviver de alguma maneira, então todas as condições de trabalho eram aceitas, com cargas horárias excessivas, multas para eventuais falhas e um salário miserável.A situação foi se agravando à medida que os avanços tecnológicos permitiram a substituição parcial da mão-de-obra adulta pela infantil, principalmente pela menor força necessária e por uma certa automação, que não exigia conhecimento dos empregados. Além do que as crianças obedeciam facilmente as ordens que um adulto dificilmente obedeceria, poderiam ser facilmente controladas, custavam menos pois recebiam salários menores e poderiam ser pagos somente com alojamento e alimentação.
Eram feitos contratos de aprendizagem ás crianças até completarem a maioridade ou por sete anos à fábrica.
Essas crianças eram submetidas à condições absurdas de vida; o intervalo de refeições nunca era realizado por todos, enquanto alguns alimentavam-se outros limpavam as máquinas, sem depois terem direito ao intervalo perdido, enquanto algumas crianças dormiam outras trabalhavam, ocorriam muitos acidentes como dedos arrancados e membros esmagados pelas máquinas devido ao sono e ao cansaço das crianças, muitas vezes nas indústrias