Trabalho infantil na amazônia
Ao provocar uma crítica sobre essas conseqüências para a infância e adolescência também provoca-nos uma reflexão do trato e respeito que se têm para com a criança amazônida, já que a partir da complexidade territorial que apresenta a região Norte, essas crianças estão sujeitas à toda e qualquer tipo de exploração. Nesse sentido falar de trabalho infantil é falar da sociedade carente.
Portanto, procuraremos dar visibilidade à crítica ao incentivo que se propõe a explorar crianças de adolescentes em trabalhos que visem sustentar as famílias carentes, pois se levarmos em consideração que as crianças vão para as ruas trabalhar é porque elas não têm o mínimo de subsistência a partir de seus pares que teriam obrigação de sustentá-los. Sugerir, propor e apontar propostas que venham ao encontro do combate à exploração de crianças e adolescentes no trabalho infantil torna-se emergente no momento em que contamos com o estatuto que os rege.
"É muito complexa essa questão do trabalho infantil. Porque mesmo que se trabalhe com os pais para ajudar na renda familiar, já se assume responsabilidades, o que caracteriza uma situação de exploração da criança. O trabalho doméstico é ainda mais grave, porque é um mundo silenciado pela própria sociedade e de difícil acesso", afirma o pesquisador Dirk Oesselmann, do Grupo de Estudos e Pesquisa da Infância e Adolescência do Centro Sócio-Econômico da UFPA. "Os riscos do trabalho infantil são evidentes na educação e na saúde. No primeiro, a criança, quando não deixa a escola, tem a aprendizagem comprometida. Na saúde, os problemas decorrem das atividades em sua maioria incompatíveis com a constituição física."
Por definição, o trabalho infanto-juvenil se realiza nesse espaço privado e íntimo do lar. É no interior de casas de família que este tipo de trabalho tem espaço, onde