Trabalho Doutorado MAL BANAL 1
SIMONE GALLI
MAL BANAL E BANALIDADE DO MAL: COMO A BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA CERCEIA OS DIREITOS FUNDAMENTAIS.
PROFESSOR: SERGIO RAFFIN
Buenos Aires C1/2014
“Toda dor pode ser suportada, se sobre ela puder ser contada uma história”
Hannah Arendt
RESUMO
O Presente trabalho tem como objetivo demonstrar como o mal banal está se personificando na violência urbana, e como esta modalidade de violência está interferindo, e até mesmo diminuindo poder de exercício dos Direitos Fundamentais.
Adentraremos no julgamento de Eichmann, onde a filósofa Hannah Arendt cria o termo “Mal Banal”, e de como a personalidade de Eichamann se mostra como de um burocrata comum, que não via problemas em matar pessoas, apenas vendo isso como parte comum de seu trabalho em prol do Estado Alemão.
Passaremos então para a análise da história do Brasil, onde a violência foi tida como um fator gerador do país. Esta violência “geradora”, pode ser vista, através da lente de Arendt, como o mal banalizado, onde, a morte de milhões de índios e a escravização de outros tantos milhões de negros, foi vista como algo “aceitável”, e até mesmo bom, em prol do progresso do Império Ultramarino Português.
Finalmente então abordaremos a temática da violência urbanizada, onde milhares de pessoas perdem a vida todos os anos em assaltos, seqüestros, simples brigas ou até mesmo pela questão de herança.
Palavras-Chave: Mal Banal, violência urbana, Hannah Arendt, Adolf Eichmann, Brasil contemporâneo.
INTRODUÇÃO
No decorrer da historia percebe-se a influência do mal como um fator social, porém, para a filósofa Hannah Harendt o mal pode ser estudado mais a fundo, e não como um simples fator do destino. O que deve-se perguntar é se o Mal Banal, ou a simples Banalização do Mal, como forma de violência social, moral e gratuita, não estão causando sérias