Trabalho de solos
O ambiente da superfície da Terra, caracterizado por pressões e temperaturas baixas e riqueza de água e oxigênio, é muito diferente daquele onde a maioria das rochas se formaram. Por esse motivo, quando as rochas afloram à superfície da Terra, seus minerais entram em desequilíbrio e, através de uma série de reações químicas, transformam-se em outros minerais, mais estáveis nesse novo ambiente.
O principal agente do intemperismo químico é a água da chuva, que infiltra e percola as rochas. Essa água rica em O2, em interação com o CO2, da atmosfera, adquire caráter ácido. Em contato com o solo, onde a respiração das plantas pelas raízes e a oxidação da matéria orgânica enriquecem o ambiente em CO2, tem seu pH ainda mais diminuído.
As equações abaixo representam os equilíbrios de H2O com CO2:
CO2 + H2O H2CO3
H2CO3 H- + HCO3-
HCO3- + CO32-
Quando a degradação da matéria orgânica não é completa, vários tipos de ácidos orgânicos são formados e incorporados às águas percolantes, tornando-as muito ácidas e, consequentemente, aumentando seu poder de ataque em relação aos minerais, intensificando assim o intemperismo químico.
Os constituintes mais solúveis das tochas intemperizadas são transportados pelas águas que drenam o perfil de alteração (fase solúvel). Em consequência, o material que resta no perfil de alteração (fase residual) torna-se progressivamente enriquecido nos constituintes menos solúveis. Esses constituintes estão nos minerais primários residuais, que resistiram à ação intempérica, e nos minerais secundários que se formaram no perfil. Dentre os principais minerais residuais, o mais comum é o quartzo. Os minerais secundários são chamados de neoformados quando resultam da precipitação de substâncias dissolvidas nas águas que percolam o perfil, como é o caso, por exemplo, dos oxi-hidróxidos de ferro e de alumínio. Quando se formam pela interação entre as soluções de percolação e os minerais primários, modificando sua