Trabalho de sociologia
Apenas 46,6% dos trabalhadores brasileiros são contratados dentro da lei.
Informais não têm auxílio doença, aposentadoria e outros benefícios.
Do G1, em São Paulo, com informações do Jornal Nacional
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Mais da metade dos trabalhadores brasileiros arregaça as mangas e pega no batente todo dia sem ter nenhum direito trabalhista. Eles são informais. Fazem parte de um país quase clandestino, que não existe oficialmente.
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É difícil conseguir um emprego com carteira assinada no Brasil e a informalidade prejudica o país e o cidadão.
A vida da faxineira Lindinalva da Silva não é fácil. Logo cedo, leva a filha para a escola e, depois, se prepara para trabalhar. "Trabalho de manhã pra comer à noite", diz. Separada, 53 anos, com problemas de coluna e com hipertensão, ela é faxineira diarista desde os nove anos. Ganha R$ 650 por mês, quando tem trabalho. Não é registrada, porque as patroas não querem ou não podem arcar com os altos encargos trabalhistas da legislação brasileira.
"Durante todo esse tempo trabalhei sem registro, mas sempre trabalhei, mas fico uma pessoa assim desprotegida, sem assistência nenhuma, sem nada", explica Lindinalva.
Estão na mesma situação de Lindinalva 47 milhões de brasileiros. São os sem direitos. E eles são maioria. Entre os trabalhadores ocupados no Brasil, apenas 46,6% estão contratados dentro da lei. São informais 53,4%. Não têm auxílio doença, aposentadoria, pensão por morte e nem têm garantidos os benefícios dos contratados em carteira: férias, gratificação de um terço do salário nas férias, descanso remunerado, décimo terceiro, pagamento de hora extra, licenças maternidade e paternidade, e, em caso de demissão, aviso prévio de 30 dias, permissão para sacar o FGTS e multa de 40% sobre o saldo do fundo, além do