Trabalho de sociologia
Inspirando-se em Weber, pode-se dizer que é a educação, como fundamento do aprendizado contínuo (e sistemático ou sistematizável), quem orienta e/ou impulsiona o “desencantamento do mundo”. A idéia de ciência como vocação, como sendo um conjunto de preparos, aptidões intelectuais e tirocínio pessoal, na verdade, é o papel do pesquisador-educador. A educação implica no ato propositivo/positivo de educar, revelar o que está dentro, instigar e deixar aflorar habilidades e potencialidades, explicitando-se poderes inatos ao homem. Portanto, este revelar é parte do grande esforço pela racionalização (pois só se revela o que se compreende), pelo “desencantamento do mundo”.
Se a burocratização e o conseqüente desencantamento do mundo nos prendem na gaiola fria da dominação racional, o que gera certo pessimismo sobre as possibilidades humanas do agir em liberdade, é preciso também ter em conta que a existência humana, que incorpora o conflito apolíneo/dionisíaco, é mais abrangente. “Nesse sentido, a racionalização deve ser entendida também como o caminho para a liberdade, ou seja, a possibilidade de expansão de nossa subjetividade e, não apenas, um espaço de dominação e subjugação” . A ação racional “bem conduzida e de forma responsável, garante o exercício da liberdade. A liberdade humana consiste em calcular os meios mais adequados e usá-los responsavelmente. Todavia, os meios tendem a se autonomizar e se transformarem nos fins – perdendo-se os fins primeiros e os valores significativos que orientavam a ação. O que no início era uma ação racional converte-se em irracional.
A tendência progressista libertadora busca uma elevação da consciência e reflexão sobre a realidade de vida e trabalho dos sujeitos envolvidos no processo,para isso, elimina toda e qualquer forma de autoridade, para que os educandos possam se manifestar, exprimir