Trabalho de religião
Vivemos num mundo caracterizado pela diversidade cultural. Nos campos da cultura, dos costumes, tradições familiares e regionais e mesmo no campo das religiões, a hegemonia de uma visão única de mundo é algo que pertence ao passado. Hoje, uma das palavras-chave para a convivência no mundo contemporâneo é o diálogo: mesmo sem perder as próprias referências pessoais (crenças religiosas, costumes, valores morais), a pluralidade exige de cada profissional e cada pessoa a compreensão de que ela não trás consigo a verdade; temos pontos de vista acerca da realidade e é preciso compreender que os outros também têm seus pontos de vistas, valores e crenças diferentes da nossa. No universo religioso, essa pluralidade é cada vez mais presente. Mesmo no Brasil, vemos que os dados e pesquisas apontam para uma diversidade maior entre as crenças das pessoas: se o catolicismo ainda é majoritário, vemos que o número de evangélicos cresce cada vez mais, assim como uma série de outras manifestações religiosas que consideramos minoritárias marcam sua presença no universo religioso brasileiro: espiritismo, candomblé, pessoas que tem crença num Deus mas não são adeptas de nenhuma igreja ou comunidade, e mesmo o número de pessoas que não professam religião alguma se tornam presentes e relevantes nessas pesquisas – algo que há duas ou três décadas atrás seria inconcebível. No curso de cultura religiosa refletimos que, independente das crenças religiosas específicas, a religiosidade é um traço próprio do ser humano – em outras palavras, é uma dimensão antropológica. É comum a todo ser humano a pergunta pelo sentido da vida, a pergunta pelas origens e finalidades da nossa existência, o significado que damos à morte, etc.. A tentativa das diversas religiões é, justamente, oferecer uma resposta para essas perguntas e para a própria existência humana. Por outro lado, as religiões procuram, também, estabelecer um quadro de normas morais que regem as