trabalho de religiao
Muito já se falou até hoje sobre a vida tão instável que o poeta levava, a desesperada busca da mulher ideal e do amor sincero. É uma coisa difícil de entender. Por que Vinícius vivia trocando tanto de mulher?
Ao longo de sua vida ele se casou nove vezes: Tati de Moraes, Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Nelita de Abreu, Lúcia Proença, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues e Gilda de Queirós Mattoso.
A primeira mulher foi Beatriz Azevedo de Melo, ou simplesmente Tati, que lhe deu dois filhos - Suzana e Pedro. O casamento durou onze anos e foi feito por correspondência, em 1938, quando o poeta estava estudando em Oxford, foi ela quem estimulou o poeta a fazer o concurso para o Itamaraty, e foi com Tati, também, que Vinícius torna-se, realmente, um poeta. Para ela, o poeta escreveu um de seus mais conhecidos e belos sonetos, o Soneto de Fidelidade:
"De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, o fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure."
A segunda mulher foi Regina Pederneiras, com vinte anos na época. O casamento foi realizado em 1946 e durou dois anos, numa relação cheia de ciúmes e mentiras.
Lila Bôscoli (bisneta de Chiquinha Gonzaga) foi a terceira mulher a entrar na