1 INTRODUÇÃO O conto Frontal com Fanta é, na realidade, uma crítica a uma sociedade medicalizada que vive ocupada demais e não tem tempo para cuidar e dar atenção a seus filhos. O presente trabalho visa fazer uma análise do conto, observando os seus pontos principais. O conto é um trecho da primeira edição do livro Tarja Preta, publicado pela editora Objetiva, no ano de 2005. Foi idealizado e escrito por vários autores, sendo eles: Pedro Bial, Jorge Mautner, Luiz Ruffato, Adriana Falcão, Márcia Denser, Isa Pessoa e Jorge Furtado. Sobre um dos autores, Jorge Furtado, cineasta e escritor, nasceu em Porto Alegre em 9 de julho de 1959. Fundador da Casa de Cinema de Porto Alegre, começou produzindo material que mistura ficção e documentário ainda na faculdade. Destacou-se inicialmente como autor de curtas-metragens, sendo premiado em 1989 com o Urso de Prata de melhor curta-metragem no Festival de Berlim por “Ilha das Flores”. Desde então, Furtado envolveu-se com projetos para a televisão (em diversos programas e séries como Comédia da Vida privada, Agosto e A Invenção do Brasil) e para o cinema, atuando como roteirista e diretor. Como roteirista participou dos filmes Lisbela e o prisioneiro (2003) e Caramuru: a invenção do Brasil (2001), ambos de Guel Arraes, entre outros. Em 2002, estreou como diretor no formato longa-metragem, com Houve uma vez dois verões. Depois se seguiram O Homem que copiava (2003), e Meu tio matou um cara (2005), cujo conto original e roteiro foram publicados no mesmo livro pela coleção L & PM Pocket. O conto narra a história de vida de um adolescente de classe média que vive com uma família totalmente fragmentada em seus princípios e valores. Para fugir dessa realidade triste e solitária o rapaz começa a tomar o remédio controlado Frontal, que pertence à sua mãe, e passa a ter atitudes consideradas estranhas pela sociedade, fato que leva sua família a adotar algumas providências. Internado em uma clínica psiquiátrica, ele conhece seu