Trabalho de Port
A colonização do território brasileiro realizada pelos portugueses depois de 1500 foi baseada na exploração da terra e das riquezas naturais através da utilização da mão de obra escrava. Por quase quatrocentos anos, cerca de cinco milhões de escravos foram trazidos da África para onde hoje se localiza o Brasil.
A libertação dos escravos no Brasil só ocorreu definitivamente em 1888, quando foi assinada a Lei Áurea, abolindo a escravidão no país.
Mas a libertação dos escravos não foi um evento que ocorreu do dia para a noite. Durante todo o período colonial e imperial ocorreram lutas de resistência realizadas pelos escravos contra a exploração e a opressão a que estavam submetidos.
A exploração e a opressão ocorriam através de longas jornadas de trabalho, castigos físicos e péssimas condições de alimentação e de moradia dadas aos africanos escravizados. As fugas das fazendas e engenhos, bem como a formação dos quilombos, são exemplos dessa resistência.
A resistência dos cativos (outro nome dado aos escravos) contra a escravidão, somada a uma pressão da Inglaterra pelo fim dessa forma de trabalho, levou o Império Brasileiro a publicar uma série de leis que resultaria na abolição da escravidão e na libertação dos escravos.
Uma das primeiras leis que pretendiam acabar com a escravidão foi a chamada Lei Feijó, de 1831, que proibia o tráfico e considerava livres todos os escravos que entrassem no Brasil após aquela data. Em razão do grande poder dos donos de escravos, a lei não foi colocada em prática.
Em 1845, a Inglaterra promulgou o Bill Aberdeen, uma lei que proibia o tráfico no Oceano Atlântico. Essa lei inglesa pressionou o governo brasileiro a decretar a Lei Eusébio de Queirós, em 1850, que proibia o comércio de escravos para o Brasil. Apesar da proibição do comércio de escravos, ainda era legal ser dono de escravos no país.
Outra lei foi promulgada em 1871, a Lei do Ventre Livre. Através dessa lei, os filhos de escravas